UM TACHO MAIOR PARA O POVO ESQUECIDO
- Compromisso Público com a Nação –
I
COMPARTILHAR UMA POLÍTICA DE COMPROMISSO
José JPeralta
Li, na Internet, um comentário que dizia: “Fernando Nobre renunciou porque queria um tacho maior”.
Respondi, com outro comentário, que aqui reproduzo, ampliado. Digo o que sinto e pressinto, do meu ponto de vista, que penso ser o que todos podem observar. Há luz no fim do túnel. Aqui dou a minha interpretação deste momento instigante, de uma nova fase da história que vai desabrochando aos nossos olhos, e que pede nossa adesão e nossa participação. Este texto segue como uma contribuição leal a um grande debate nacional. Falo como cidadão observador e independente. Não faço política partidária. A Política só me interessa, enquanto arte de gerenciar o bem público.
1. A Nação precisa se unir em torno de pessoas dignas, capazes de inspirar um leal e forte movimento pela renovação nacional. O País precisa se reencontrar com seu natural vigor de um povo ousado e empreendedor.
Sei que, em tudo isto, há algo de utópico que o “Velho do Restelo” já arguia. Foi a ousadia utópica que salvou a Europa, na Grande Epopeia dos Descobrimentos, ampliando seu espaço vital e descobrindo novos recursos alimentares, e mundos desconhecidos.
Algumas pessoas, de mente apequenada, não conseguem entender as atitudes das pessoas, cujas ideias vão além do trivial. “Pigmeus” não se dão bem ao lado de gigantes. Sentem-se incomodados e desconfortáveis. No entanto, todos podem se superar e conviver. Conviver com a diferença. Harmonizar.
Alguns não conseguem entender a grandeza das pessoas que se dedicam, de alma e coração, ao bem público, muitas vezes com prejuízo dos interesses pessoais e familiares. Não sabem que isto é marca da alma lusa.
Acostumados a ver, a maioria das pessoas que militam, na política, tomarem atitudes antissociais, contrárias aos interesses coletivos da comunidade, local ou nacional, muitos assustam-se; têm dificuldade em acreditar em atos fortes e decididos, como fazem alguns homens de uma nova geração que ressurge.
Todos sabemos que a corrupção, na política, e a falta de ética, são anomalias a repelir, com veemência, sem transigências.
2. Pessoas despreparadas proclamaram, tacitamente, o monopólio do pensamento e das forças matriciais da Nação Portuguesa. Só podia dar no que deu: na tragédia de um país depauperado, com um povo incrédulo e empobrecido.
Ninguém, em sã razão, pode querer ter o monopólio de uma nação complexa, como Portugal.
O Portugal profundo, de muitos desconhecido, é uma das mais belas nações do mundo, pelos valores que nela brilham e que ela irradiou pelos quatro cantos do mundo, por seus feitos memoráveis. Não é um país trivial. É um país com um passado e com um presente que o projetam no futuro. Muitos hoje o desconhecem. A questão em pauta é definir que futuro queremos, reforçando o presente.
Comensais Anônimos - Açores |
Outros irão surgindo do nevoeirento ostracismo a que foram relegados, pelo nefasto autoritarismo vigente, por longos anos.
Nobre vem sendo criticado, por pessoas que se esforçam para manter a política como está, pois atende aos próprios interesses egoístas. Muitas pessoas de boa fé vão na onda da publicidade negativa e intencionalmente deletéria. Há uma quase “máfia” dos formadores de opinião, levando ao povo notícias inverídicas, ou com visão distorcida. À parte isto, todos sabemos que ninguém é perfeito.
Para o bem o para o mal, esperamos que para o bem, Nobre é o grande nome que se destaca e se impõe.
Segundo tudo leva a crer, o senhor Nobre está atendendo exatamente ao que o povo quer, sem populismo, sem messianismo e sem burla. Está fazendo política autêntica, que é a arte do bem público. Posiciona-se no polo oposto aos demagogos e aos predadores da Nação. Vai levantando a autoestima do povo. Espera-se que assim continue.
Nobre não pode se isolar. Precisa se juntar a uma legião de pessoas de boa vontade, que, pelo país afora, lutam por idênticos ideais. As pessoas de bem, conscientes de suas responsabilidades, precisam se dar as mãos e somar forças, sem monopólios políticos. A nossa herança e o nosso patrimônio político vem de longe. Só precisamos nos articular, compartilhar e somar forças.
Nobre tomou a dianteira, praticando atitudes paradigmáticas que despertaram a nação para as suas forças reais, ainda muito vivas.
4. Os que esperavam encontrar um novo burocrata, enganaram-se.
Renúncia ao cargo de Deputado não é renúncia às responsabilidades sociais, nem aos seus compromissos inarredáveis com a sociedade e com o país. Muito pelo contrário.
Quis manter sua independência de ação e de pensamento, sem camisas de força partidárias, nos moldes atuais. Quer renovação e não acomodação.
Não quis ser mais um burocrata do povo; sem ofensa nenhuma para os burocratas, que também têm a sua missão a cumprir. É um homem de ação e de ideias. Quer a prosperidade, com justiça e bem-estar para toda a nação.
Quem se sente prejudicado, em seus planos egoístas, reage e procura denegrir imagem de pessoas de boa vontade e de muita história, recheada de serviços à comunidade.
Há sempre um Judas e um semeador de cizânia. A caravana de cavalos alados passa altiva sobre as ondas dos mares bravios.
5. Nobre quer poder levar qualidade de vida e bem-estar a toda a gente, para que nosso país supere a fase triste da pobreza, em que muitos dos nossos patrícios estão sendo mergulhados, excluídos da sociedade de bem-estar que lhe prometeram, e que não passou de uma ilusão fraudulenta, de um engodo para deles se aproveitarem.
Quer as instituições comprometidas com o bem público.
Enfim, o senhor Nobre quer, sim, um tacho maior, quer um tacho maior para o povo. Tacho maior de educação, saúde e bem-estar, de qualidade. Tacho maior de trabalho para todos, com justiça e qualidade de viva. A isso ele se dedica, há muitos anos, na AMI, com pleno respaldo na tradição solidária da gente lusa.
A distribuição farta, a todos, da sopa do Divino, nos Açores, anualmente, por ocasião da Festa de Pentecostes, em espaço aberto, sem excluir ninguém, deve ser o grande paradigma do Novo Portugal que poderá surgir da crise atual.
A sopa do Divino seria, aqui, uma brilhante alegoria da educação, saúde e bem-estar, com pleno emprego e qualidade de vida, num ambiente saudável, na terra, nas águas e no ar. A educação de qualidade e integral, em todos os níveis, envolveria conteúdos científicos, tecnológicos e humanísticos, com ética e civismo, onde as pessoas, ao lado dos conhecimentos específicos sólidos, aprenderia a viver, a conviver e a ser, em vista à auto realização, como pessoas humanas, num mundo ético e solidário, cultivando a prosperidade e a paz, superando o consumismo imediatista.
II
NOVA GERAÇÃO DE POLÍTICOS – NOVO TEMPO
6. Fernando Nobre está consolidando e dando partida e respaldo a uma nova geração de homens atuantes e de políticos responsáveis. Outros já levantam as novas bandeiras. Nobre teve a missão de catalizador.
Esta Nova Geração poderá superar, democraticamente, mais de trinta anos de desmandos, na política portuguesa, onde alguns abominam algo tão essencial e primário como ética, honestidade e responsabilidade social, embora digam o contrário. O resultado assustador está aí, prejudicando a todos, numa nação aturdida que se sente traída.
Restou a vergonha de quem se omitiu... Faltou coragem. O país foi dilapidado. A credibilidade do país está comprometida e muitos passam grandes dificuldades.
Bem diz o Magno Antônio Vieira:
“Por uma omissão, perde-se um reino”
Os omissos que saiam de sua “confortável” omissão. Ajam em campo aberto.
É visível a imagem da desolação: só não vê quem não quer ver: As empresas são espoliadas, os empregos escasseiam, o desemprego se alastra e a desagregação das famílias também. Daí surge a geração à rasca, por não conseguir encontrar saídas, como acontece em conhecido filme de Buñuel – “O Anjo Exterminador”. Todos precisam aprender que é honroso viver do próprio trabalho. Que é parasitismo viver de subvenções.
Os navios, há 30 anos parados, vão apodrecendo. As terras ricas e produtivas são pasto improdutivo. O país, dependente, importa 80% dos alimentos que consome... Condição degradante que precisa ser superada e revertida. O país nunca esteve em tais condições. O trabalho não é desonra. Desonra é a vagabundagem e a inapetência de muitos xenófobos que consideram como escravatura o trabalho (?!)
7. Nobre, como muitos de sua estirpe, da estirpe lusa, que tendem a se multiplicar, tem o apoio efetivo da maioria silenciosa, em seu país. Ele é uma voz, para que todos tenham sua vez.
Muito mais vozes virão, fazendo um grande coro de muitas vozes, certamente polifônico, porque plural.
Nobre tem todas as condições para ajudar a comandar um grande movimento de restauração da dignidade da Nação Portuguesa, junto com todas as pessoas de boa vontade, na genuína tradição do empreendedorismo e da ousadia portuguesa. Este grande objetivo só se realiza como obra da Nação; como obra de muitos. A Nação já desperta para um novo tempo.
Talvez daqui surja algo nos moldes da Renascença Portuguesa de Teixeira de Pascoais, em um novo tempo e com novos parâmetros.
Nobre está bem acompanhado. Quem quis isolá-lo, falhou. Está na hora de despertar as forças vivas da nação portuguesa, descartando ações e atitudes predatórias do patrimônio moral e material da nação.
8. A Nova Era que desponta é marca de esperança. Tem pela frente uma missão hercúlea. Sabemos que será capaz de vencer todas as intrigas, que serão inevitáveis, dada a magnitude da mudança de rumos que seus idealizadores poderão significar. Não será fácil. É preciso que cada um faça a sua parte, onde quer que atue.
Estamos em hora de reunir forças e não de as dispersar.
Penso como algumas das pessoas mais lúcidas do País:
Portugal precisa de lideranças renovadas e com credibilidade, para inspirar um autêntico movimento de renovação nacional, ou de Restauração Nacional. Precisa de pessoas que sejam capazes de despertar as forças vivas da nação, que nunca faltaram, mas estão meio adormecidos no cinzeiro.
As forças vivas da nação, há muitos anos marginalizadas, precisam perceber que o novo tempo está surgindo, pela própria força dialética da História. Que ninguém se omita.
Ninguém barra a grande marcha da história.
Esquecendo as mágoas de um passado recente, é preciso seguir em frente, para o futuro.
Habitualmente é nas horas difíceis que as pessoas aprendem, a duras penas, que a solidariedade é uma das forças matriciais das nações.
Que todos os homens conscientes e de boa vontade, do país, se dêem as mãos, e se unam em torno de algumas ideias-força essenciais, para juntos, poderem resgatar a altivez e a soberania plena do país.
Nota: Como complemento a este texto, leia:
Lusitanidade, Lusofonia e Universalidade
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